Apoc.20:
11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Ao lermos o texto sobre o juízo final em Apoc.20:11-15, é natural que surjam algumas dúvidas, mesmo a título de curiosidade, tais como: Quem estará no juízo final? Somente os perdidos? Todos? O texto diz que o mar deu os mortos para serem julgados, mas e a terra? Por que a terra não deu os mortos? O texto diz que abriram-se os livros, quantos eram? Porque haviam vários livros? Diz ainda o texto que os mortos foram julgados segundo as suas obras. Que obras são estas? Ajudar um idoso a atravessar a rua? Dar esmolas? Estavam diante do trono grandes e pequenos, pergunta-se: grandes e pequenos em estatura ou em posição social?
Para entender este cenário do juízo final, é necessário em primeiro lugar entender a visão do trono que João registrou no capítulo 4 do apocalipse.
Leia e entenda essa visão no artigo deste blog intitulado: “A VISÃO DO TRONO”.
De acordo com esse estudo, vimos que João teve a visão dos homens no céu nas seguintes condições:
1 – Vinte e quatro anciãos representando a igreja ressuscitada e arrebatada. Como estes já ressuscitaram, estão vivos e não mortos. Também não estarão no juízo final porque já foram julgados no tribunal de Cristo, não precisam de um novo julgamento. No texto de Apoc.20:11-15, João viu os mortos e não os vivos, portanto a igreja arrebatada não estará no juízo final.
2 – Os vitoriosos da besta que estavam junto ao mar de vidro. No juízo final estes estão nas mesmas condições dos vinte e quatro anciãos, com a diferença que estes ressuscitariam mais tarde no final da tribulação. Também não estarão no juízo final pelos mesmos motivos.
3 - Um como o mar de vidro. Esta visão representa as almas de todos os mortos salvos no tempo do Velho testamento que se encontram diante do trono de Deus. Estes estão salvos, não fazem parte da noiva de Cristo, portanto ainda não ressuscitaram e nem foram arrebatados. Eles ressuscitarão no juízo final para serem julgados. Como eles ainda não haviam ressuscitados, estão ainda na condição de mortos. O texto de Apoc.20:13, onde diz “deu o mar os mortos”, se refere a esse mar de vidro que João viu no cap.4. Portanto esse mar que deu os mortos não se refere ao mar de águas, isso explica porque no juízo final não se menciona “e deu a terra os seus mortos”.
4 – Existe ainda um outro grupo de homens que João não vê em sua visão, tratam-se daqueles que morreram sem salvação e estão mortos e no inferno. Por isso o texto de Apoc. 20:13 também diz: “e a morte e o inferno deram os mortos que nele haviam”.
ABRIRAM-SE OS LIVROS COM AS OBRAS DE CADA UM – as condições dadas aos homens para serem salvos são diferentes em cada época na história da humanidade. Por exemplo: hoje, na era da igreja, para sermos salvos, precisamos crer e receber a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. No tempo dos reis e profetas do Velho testamento a condição era outra. Os homens tinham que obedecer as leis de Deus e isto incluía o sacrifício de animais para remissão dos pecados. Na época antidiluviana não valia nenhuma dessas duas condições. Durante os sete anos de tribulação, as condições para que os homens se salvem serão: Dar glórias a Deus, não receber a marca da besta, não adorar a besta e lutar contra os poderes das trevas. Cada uma dessas condições representa uma obra diferente registrada em cada um dos livros mencionados no juízo final. Cremos que haveriam sete livros com diferentes obras, a saber: Tempo do Jardim do Edem antes do pecado, tempo anterior ao dilúvio, tempo dos patriarcas e juízes, tempo dos reis e profetas no VT, tempo da igreja atual, tempo da tribulação e tempo do milênio. Portanto as obras não se referem aos atos de caridade, mas de obediência à Palavra de Deus em cada período da história da humanidade. Lembramos que em todas as situações, Jesus Cristo sempre foi e será o autor da redenção dos pecados, o que muda é a condição de obediência dos homens.
GRANDES E PEQUENOS – Deus nunca fez acepção de pessoas, principalmente diante das condições sociais de cada um. Todos são tratados igualmente. Assim sendo, consideramos os grandes e pequenos mencionados no texto como sendo estatura e não condição social.
Após o julgamento para se constatar a obediencia ou não à Palavra de Deus registrada em cada livro, é verificado se o nome consta no livro da vida. Estando no livro da vida significa que está salvo e passa para a eternidade no reino de Deus. Quem não tem o nome no livro da vida significa que não está salvo, evidentemente porque não obedeceu a Palavra de Deus, esse é lançado no lago de fogo.
Assim será o juízo final.
Walter Ponci
PORQUE A PROMESSA DE DEUS SE CUMPRE
Há 12 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário